quarta-feira, agosto 08, 2007

Apenas este presente

Nem gesto no exíguo espaço
De riso brando e perfume
Levíssimo. Nem palavra na garganta
Inútil, nem língua
No dente, beijo
Na testa.
Nem olhar grave ou sereno.
Nem o aperto de mãos.
Este poema, apenas
— Ela, a poesia quis assim—
Soprado do pulmão dos homens do povo.